Nós moramos no Brasil em uma aldeia localizada na região Amazônica, no norte do estado do Mato Grosso, em uma reserva federal denominada Parque Indígena do Xingu.
Eu sou Renato Campello Cordeiro. Sou biólogo e professor na UFF no Departamento de Geoquímica. Estudo mudanças climáticas passadas através do registros contidos na lama (sedimentos) de lagos. Gostaria de entrar em contato com a sua comunidade para ter oportunidade de realizar um estudo sobre mudanças climáticas passadas. Este estudo gostaria de comparar com a mitologia de sua cultura.
Como os nossos antepassados, nós moramos em gigantescas ocas feitas de palha de sapé ou de folha da palmeira do buriti.
Kamayura
O primeiro contato registrado do nosso povo com um representante da sociedade não indígena se deu no século XIX, em 1887, na segunda viagem de expedição do alemão Karl von den Steinen na região do vale do Xingu. Naquela época, os nossos antigos parentes se encontravam na margem de nossa bela lagoa, em um número de 200 habitantes aproximados, organizados em quatro aldeias. Mas, foi somente por volta da terceira década do século XX que se deu de forma definitiva o contato da sociedade envolvente com a nossa comunidade. Hoje em dia, apesar de estarmos longe da cidade mais próxima e de permanecermos protegidos dentro do Parque, temos contato com não-indígenas fluentemente, seja quando vêm na aldeia ou quando saímos para a cidade, muitas vezes por motivos de saúde, passeio ou na relação de trabalho.
Lagoa Mawaiaka
Contudo é no alto do rio Xingu, em torno de uma lagoa de 9 km de extensão, denominada Mawaiaka, que nos estabelecemos em uma aldeia grande, circular e antiga.
kamayura
Nos entendemos como uma nação singular dentro do Brasil, já que possuímos um jeito de viver muito diferente da sociedade ao nosso redor.Temos orgulho de ser o que somos, sabemos de nossas dificuldades, mas nem por isso deixamos de pintar os nossos corpos, de ter as próprias crenças e o nosso jeito singular de produzir para a nossa subsistência na aldeia.
Aldeia Kamayura
Nós somos aproximadamente 600 indígenas do Povo Kamayura, Temos nossa língua própria Kamayura. Uma língua que faz parte da família lingüística tupi-guarani que sempre nos ajudou a transmitir a nossa cultura de gerações a gerações
Eu sou Auakamu kamayura do Povo kamayura do Alto xingu, Mato Grosso.
ResponderExcluirEu sou Renato Campello Cordeiro. Sou biólogo e professor na UFF no Departamento de Geoquímica. Estudo mudanças climáticas passadas através do registros contidos na lama (sedimentos) de lagos. Gostaria de entrar em contato com a sua comunidade para ter oportunidade de realizar um estudo sobre mudanças climáticas passadas. Este estudo gostaria de comparar com a mitologia de sua cultura.
ResponderExcluirabs
Renato
rcampello@yahoo.com